Golpes de estelionato: conheça os principais e proteja seu nome da negativação indevida
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Finanças PessoaisA negativação indevida pode acontecer por vários motivos, sendo um deles o de golpes de estelionato. Este tipo de problema acontece quando um criminoso causa prejuízo a alguém ou consegue vantagem ilícita — de forma totalmente fora da lei. O estelionatário também age enganando as pessoas, levando-as a cometerem erros que as prejudicam financeiramente.
Entender quais são os tipos mais comuns de estelionato pode te ajudar a não cair nessa. Também é bom saber o que fazer nessas situações. Pensando nisso, elaboramos este post para que você entenda um pouco mais sobre o tema e tenha atenção caso passe por algo parecido. Continue a leitura e saiba mais!
8 golpes de estelionato mais comuns
Primeiro, vamos explicar quais são os golpes de estelionato mais comuns. Confira abaixo os principais.
1. Golpe do falso sequestro
Esse tipo de golpe é comum no Brasil. Geralmente, os malfeitores atuam diretamente da prisão, ligando para os mais diversos números de telefone. Nesses casos, há outra pessoa envolvida, que simula gritos e aparenta estar desesperada.
Ao não saber o que fazer, a pessoa que atende a ligação acaba falando o nome de algum parente. O problema é que isso contribui para que o criminoso tenha ainda mais informações para continuar o golpe.
Normalmente, eles pedem uma quantia em dinheiro para “liberar o sequestrado”. Em algumas situações, pedem até mesmo crédito de celular.
O que fazer
Se você receber uma ligação desse tipo, mantenha a calma e não fale o nome de nenhum de seus familiares. O ideal é desligar o telefone imediatamente.
Se o bandido falar que está com algum ente querido seu, entre em contato com essa pessoa para ter a certeza de que está tudo bem. Isso vai te ajudar a se acalmar.
2. Golpe do carro que quebrou
Nessa situação, o que acontece é bem semelhante ao falso sequestro. A pessoa mal-intencionada liga para números aleatórios e diz que é algum parente que teve seu carro quebrado. Se a vítima mencionar o nome de alguém, ele vai começar a agir como se fosse esse familiar.
Quem comete esse tipo de golpe consegue convencer as pessoas de que realmente é alguém conhecido e que precisa de ajuda. Assim, acaba pedindo transferências bancárias ou recargas de celular.
O que fazer
Caso você receba uma ligação com algum pedido de ajuda desse tipo, não fale o nome de nenhum familiar. Desligue o telefone e, assim como no golpe do falso sequestro, entre em contato com as pessoas próximas para se certificar de que está tudo bem.
3. Clonagem de cartão de crédito
O cartão clonado ocorre quando criminosos roubam seus dados — número do cartão, código de segurança e data de vencimento — para fazer compras em seu nome ou obter outros tipos de vantagens. Isso pode acontecer quando você clica em links duvidosos na internet ou compartilha seus dados em golpes virtuais.
Normalmente, a pessoa percebe que caiu nesse tipo de golpe quando chega a fatura do cartão de crédito. Ao analisar cada um dos gastos, percebe que algumas compras não foram feitas por ela. Vale saber que esse é um dos golpes de estelionato que pode gerar, infelizmente, uma negativação indevida.
O que fazer
O primeiro passo é entrar em contato com o banco. Informe o valor e a data da compra e anote todos os protocolos de atendimento. Também é preciso fazer um boletim de ocorrência, uma vez que você foi vítima de um crime em que terceiros usaram seus dados pessoais e bancários.
Também é preciso pagar as demais compras, ou seja, as que você realmente fez. Afinal, se deixar de pagar a fatura, pode vir uma cobrança de juros que vão se transformar em dívidas.
Como você já informou o banco sobre o que aconteceu, ignore o valor das compras feitas com o cartão clonado. Some as demais despesas e pague-as na data certa.
4. WhatsApp clonado
O WhatsApp veio para facilitar a comunicação com quem a gente gosta, não é verdade? Mas é preciso ficar atento. Afinal, malfeitores já descobriram um modo de clonar contas para conseguir vantagens ilícitas.
Isso geralmente acontece quando a vítima anuncia um produto na internet e deixa o número do telefone disponível. A pessoa mal-intencionada entra em contato se passando por funcionário dessas empresas — a OLX, por exemplo — e pergunta qual é o código que chegou ao celular da pessoa.
Na verdade, esse é o código de verificação enviado pelo próprio WhatsApp, o mesmo que é necessário para começar a usar o aplicativo no smartphone após o download.
Assim, se você passar esse número a criminosos, eles poderão acessar os seus contatos e pedir favores em seu nome que trarão prejuízos a outras pessoas também.
O mais comum é o criminoso, fingindo ser você, dizer que está passando por uma dificuldade financeira e pedir dinheiro emprestado para algum contato do seu app. Ele falará a quantia e a vítima fará a transferência, achando que está falando com você, sem perceber que caiu em um golpe.
O que fazer
Você pode evitar esse tipo de situação aumentando a segurança do seu WhatsApp. É possível, por exemplo, configurar a confirmação em duas etapas.
É só ir em “Configurações” e logo em seguida em “Ajustes”. Depois, clique em “Confirmação em duas etapas” e habilite uma senha. Não envie a ninguém o código de seis dígitos. Caso você tenha enviado o número a alguém, entre em contato com o WhatsApp.
E não se esqueça: sempre que receber uma mensagem de algum amigo ou familiar pedindo dinheiro, nunca transfira antes de conseguir mais informações.
O ideal é ligar para essa pessoa e entender a situação. Se for verdade, vocês podem conversar melhor e você entenderá por que ela precisa daquela quantia. Se for um golpe, isso evitará prejuízo financeiro e a outra pessoa poderá entrar em contato com o WhatsApp para informá-lo sobre a clonagem.
5. Boletos falsos
Comprar pela internet nos trouxe muitas facilidades. Mas esse é outro ponto que exige atenção, principalmente quando falamos sobre boletos. Como a gente costuma fazer muitas pesquisas antes de concluir uma compra, existem grupos criminosos que conseguem identificar nossos interesses. A partir disso, eles enviam um boleto falso de acordo com essas nossas pesquisas.
O que fazer
Pela internet, chegam aqueles boletos que foram solicitados. Por exemplo, se preferir receber a conta de luz por e-mail, você vai recebê-la mensalmente, sempre na mesma data. Já se você fizer uma compra para pagar com boleto, a empresa pode te enviar um link para você emitir o documento.
Mas talvez você receba um boleto sem estar esperando. Pode ser uma conta de telefone que aparentemente é da operadora que você usa, mas com o valor diferente, talvez muito mais alto, além de chegar no dia errado.
O boleto também pode aparentar ser de uma loja, mas que você não se lembra de ter comprado nela. Detalhes como esses podem indicar que se trata de um boleto falso. Se esse for o caso, não faça o pagamento. Acesse o aplicativo ou o site da operadora ou da loja para emitir um novo boleto, caso você realmente tenha uma parcela a ser paga.
Mas se você continuar em dúvida, vá ao banco e peça ajuda. Profissionais capacitados conseguirão entender do que se trata aquela conta e vão te orientar melhor se aquilo de fato for um golpe.
6. Golpe do site falso
Este tipo de golpe de estelionato também pode ocorrer com base nas buscas que fazemos na internet. Imagine a situação: você pesquisou recentemente televisões em diversos sites na internet. Ao usar o Facebook, encontrou uma promoção incrível. Afinal, todos os preços encontrados até então não estavam tão bons quanto o desse anúncio que acabou de aparecer. Atenção: isso pode ser golpe!
Criminosos usam o nome de empresas famosas e simulam até mesmo a identidade visual delas. É tudo igualzinho ao site que você visitou. Se a compra for finalizada com o cartão de crédito, ainda existe a possibilidade de reverter a situação entrando em contato com o banco. Mas se tiver sido por boleto, dificilmente será possível recuperar seu dinheiro.
O que fazer
Primeiro, conheça todas as dicas de como comprar pela internet com segurança. Verifique se há um “cadeado” no local onde você digita o endereço e veja se também aparece o HTTPS — o S é justamente para comprovar a segurança do site.
Ao pesquisar preços de produtos, desconfie de anúncios com preços muito baixos. Veja em outros sites como está a média de preço e confira as dicas que essas lojas dão para conferir a autenticidade dos boletos.
7. Troca de cartão
Acontece geralmente em agências bancárias. O criminoso observa a vítima usar o caixa eletrônico e espera que ela saia. Assim que ela sai, vai atrás para fazer a abordagem.
É uma pessoa bem vestida e que de fato se parece com um funcionário do banco. Ele dirá que deu algum erro na transação e pedirá para verificar o cartão. Nesse momento, sem que a pessoa perceba, ele vai fazer a troca do plástico.
O que fazer
Se você for abordado por alguém que se identifica como funcionário daquela agência, não entregue de maneira alguma seu cartão nem qualquer outro documento. Caso fique em dúvida se ocorreu mesmo algum problema, volte ao banco e converse diretamente com o gerente.
E se você tiver entregado o cartão ao estelionatário? Ligue imediatamente para o banco e faça o cancelamento. Assim, você evita que o criminoso faça compras em seu nome.
8. Falso leilão
Na internet, os leilões são bem parecidos com os que ocorrem presencialmente. O problema é quando esse evento é falso. As vítimas chegam a esses sites a partir de anúncios em redes sociais ou no próprio Google.
Ao fazer o cadastro, a vítima envia sua documentação para os criminosos. Quando acontece o leilão, ela talvez consiga arrematar, justamente por ser a única pessoa interessada.
Em seguida, a vítima faz uma transferência para uma conta bancária para garantir o que foi comprado no leilão. Logo após enviar os comprovantes, os criminosos “somem do mapa”.
O que fazer
Assim como no caso do site falso, desconfie de preços muito abaixo da média praticada em leilões. Isso é um sinal de alerta. Além disso, dê preferência a empresas conhecidas e que tenham boas avaliações.
Negativação indevida por golpes de estelionato: o que fazer?
Conforme vimos, são vários os tipos de golpes de estelionato que merecem a nossa atenção para não termos mais um problema: a negativação indevida. Entenda mais sobre o assunto.
Como descobrir se o seu nome está sujo
Você pode verificar a situação do seu nome por meio da internet. Basta entrar no site do Serasa e clicar em “Consultar CPF grátis” na primeira página. Você vai descobrir se há alguma dívida pendente no seu nome, qual é o valor devido e qual foi a empresa que encaminhou suas informações para os órgãos de proteção ao crédito.
O mesmo pode ser feito no site do Boa Vista SCPC (Consumidor Positivo) e no aplicativo do SPC Brasil, disponível para Android e iOS.
Se você identificar que foi vítima de uma negativação indevida por conta de um dos golpes de estelionato, o primeiro passo é entrar em contato com a empresa credora e pedir para que o registro seja retirado. Explique a situação e não se esqueça: anote todos os protocolos de atendimento.
Feito isso, entre em contato também com a polícia e faça um boletim de ocorrência. Afinal, estamos tratando de um crime que deve ser repassado para as autoridades. Inclusive, no site do Serasa, você ainda pode criar um alerta para deixar o órgão ciente do que aconteceu.
Caso tenha passado seus dados pessoais para criminosos ou tenha caído em algum golpe de estelionato na internet, você também pode cadastrar o CPF no Serasa. Nesse caso, há duas opções:
- cadastro provisório — quando você não tem certeza de que perdeu algum documento e acha que pode encontrá-lo nos próximos dias. A validade é de 30 dias;
- cadastro permanente — quando você tem certeza de que caiu em um golpe e quer se resguardar.
Neste post, mostramos alguns dos golpes de estelionato mais comuns, além da possibilidade deles gerarem uma negativação indevida. Situações como essas podem ser muito prejudiciais. Por isso, é essencial saber como se prevenir. Preste muita atenção quando receber qualquer tipo de ligação pedindo dinheiro: você pode ser a vítima da vez!
Se isso acontecer com você e seu nome for negativado indevidamente, a noPositivo pode te ajudar! Para isso, preencha o nosso formulário para a nossa equipe analisar o seu caso e entrar em contato o quanto antes para conversar sobre o assunto!
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Importante!
Esse texto tem caráter informativo e busca orientar consumidores sobre seus direitos. Somente um advogado é capaz de oferecer atendimento jurídico. Texto revisado por Renato Haidamous Rampazzo, cadastrado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção de São Paulo, sob o número 406.543.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato pelo e-mail [email protected]
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