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Golpe do Pix: saiba quais são, como evitar, o que fazer

Golpe do Pix: saiba quais são, como evitar, o que fazer

Golpe do Pix: saiba quais são, como evitar, o que fazer

Desde que o Pix foi lançado pelo Banco Central, em 2020, pessoas mal-intencionadas se aproveitam da praticidade da forma de pagamento para aplicar diversos tipos de fraudes. A expressão “golpe do Pix” rapidamente ficou conhecida, assim como o número de casos tem crescido a cada dia.

Por ser um pagamento instantâneo, que pode ser feito a qualquer horário de qualquer dia, e com compensação imediata, não é surpresa que golpistas que já atuavam com outras formas de transações utilizem o pagamento para conseguir mais dinheiro.

Infelizmente, não existe apenas um golpe do Pix específico. Os golpes podem ser aplicados de diferentes formas, e, por isso, é fundamental ter cuidado para não ser uma vítima.

Conheça a seguir alguns tipos de golpe do Pix, e saiba como você pode se proteger de uma situação como essa.

Quais são os principais tipos de golpe do Pix?

Para enganar as vítimas e conseguir o dinheiro, os golpistas se utilizam de várias histórias, que podem parecer bem real para quem ouve. Apesar da diferença de técnicas, todas elas podem ter o mesmo resultado caso a vítima não se dê conta a tempo: roubo e prejuízo financeiro. Veja algumas táticas aplicadas.

1. Clonagem de WhatsApp

Para conseguirem ter acesso à conta do titular, os golpistas se passam por empresas com as quais o usuário possui alguma relação. Falando com a vítima, eles podem falar que houve algum problema em seu cadastro, ou qualquer outro tipo de narrativa, e informam que ela receberá um código de acesso.

Em seguida, a vítima, orientada pelo golpista, lhe passa o código recebido, e acaba perdendo o acesso à sua conta do aplicativo de mensagens. Ao mesmo tempo, o criminoso consegue o acesso, e começa a se passar pelo usuário. Assim, ele pede dinheiro para contatos dos usuários, que, enganados, podem fazer a transferência solicitada.

2. Engenharia social no WhatsApp

Novamente pelo WhatsApp, os criminosos podem facilmente enganar suas vítimas. É criada uma conta no aplicativo e se usa uma foto de um usuário real – diferente da clonagem, o usuário não perde o acesso à sua conta, só tem sua foto vinculada a uma conta falsa.

De alguma forma, os golpistas conseguem descobrir os contatos desse usuário e, se passando por ele, pedem dinheiro emprestado. Em alguns casos, os contatos percebem que o número é diferente, mas sem a verificação, acabam sendo prejudicados.

3. Falsos funcionários

Assim como na clonagem do WhatsApp, os golpistas se passam por funcionários de lojas, bancos ou outras empresas. Dessa vez, o relato é que há algum problema com a conta bancária da vítima, ou que há uma oferta disponível de algum produto, e que o pagamento deve ser antecipado.

O contato pode ser por telefone, e-mail, redes sociais ou WhatsApp. No entanto, feito o pedido, a vítima pode perder a quantia passada.

4. Golpe do bug no Pix

Especialmente em ambientes virtuais, os golpistas espalham notícias falsas de que o sistema do Pix está com uma falha. A partir disso, dizem que o usuário que transferir determinado valor receberá o reembolso dobrado, ou qualquer outra quantia maior do que a passada.

5. Clonagem de Instagram

A ideia é exatamente a mesma da que acontece no WhatsApp. Os golpistas entram em contato com um usuário, se passando por outras pessoas ou empresas, e solicitam o código de acesso recebido por SMS. Enganado, o usuário passa o código – às vezes, nem é preciso passar, mas só clicar no link recebido – e perde o acesso à sua conta.

O golpista que toma a conta do usuário passa a entrar em contato com os seguidores do perfil, ou ainda faz publicações de vendas falsas. Contatos que veem os produtos sendo vendidos a preços muito inferiores podem acabar sendo enganados e perdendo dinheiro.

6. Falso comprovante de Pix

Esse golpe normalmente atinge comerciantes, prestadores de serviço ou pessoas que têm algum valor a receber. Em vez de realizarem o Pix no momento, os criminosos agendam a transação e, por meio de programas e editores de imagem, modificam o comprovante. Em seguida, cancelam o Pix.

A vítima, ao ver que o comprovante está correto e sem conferir sua conta bancária, entrega o produto ou serviço e fica sem seu pagamento, ficando no prejuízo.

Como se proteger de golpes assim?

Para não ser prejudicado e perder pequenas ou grandes quantias no golpe do Pix, é necessário ter muito cuidado ao realizar esse tipo de transferência.

Considerando os golpes citados nessa matéria, tenha cautela não apenas com sua conta bancária, mas também com suas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Ao ser contatado por empresas, seja pelo WhatsApp ou por outros meios de contato, fique alerta. Se achar suspeito, entre em contato com a central de atendimento da empresa e, aí sim, dê continuidade no assunto. Se a empresa disser que não houve nenhum contato partindo dela, encerre a conversa com o golpista e bloqueie o número ou e-mail.

Além disso, ao receber contato de amigos ou familiares pedindo dinheiro, ligue para eles e confirme o pedido. Fazendo isso, você evita ficar em desvantagem.

Da mesma forma, ao receber links suspeitos, não clique neles. Cuide para não passar o acesso de seus aplicativos e redes sociais para pessoas mal-intencionadas, que podem enganar pessoas do seu círculo social.

Já se você vende algum produto ou presta algum serviço, mesmo recebendo o comprovante, verifique sua conta bancária. O Pix é instantâneo e deve ser compensado em até 10 segundos.

Caí no golpe do Pix. E agora?

Se mesmo tendo os cuidados necessários, você acabou caindo em um golpe do Pix, é possível recorrer a algumas alternativas. Ao perceber que fez um Pix indevidamente, fale com o seu banco imediatamente e explique sua situação. Lembre-se de anotar o número do protocolo, a data e horário do contato, o nome do atendente e todas as informações passadas pela instituição.

Você também terá que fazer um Boletim de Ocorrência, que pode ser feito pela internet, no site da Delegacia Eletrônica do seu estado. Tenha em mãos o valor perdido, o comprovante do Pix, o meio pelo qual o golpista entrou em contato com você e os dados bancários passados por ele, entre outras informações. Quanto mais dados relativos ao golpe você tiver, melhor.

Infelizmente, depois de realizado, o Pix não pode ser cancelado. Por essa razão, é essencial que o titular da conta verifique muito bem todos os dados antes de confirmar a transação, e veja se está tudo correto.

Apesar disso, você ainda pode entrar em contato com o banco de destino e solicitar um bloqueio preventivo. Faça isso em até 30 minutos caso a transação tenha sido feita das 6h às 20h, e em até 1 hora nos demais horários. Caso o bloqueio seja feito, o dinheiro pode ficar retido por até 72 horas.

Posso ter o valor perdido de volta?

Depende. É possível acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que é usado quando há suspeita de fraude. Os bancos informam os clientes envolvidos e têm até sete dias para analisar a transação. Durante esse tempo, o valor fica bloqueado. No caso de comprovação de golpe, você receberá o valor de volta.

Além disso, dependendo do seu caso, você ainda pode recuperar o valor perdido. O banco ou instituição financeira pode ser responsabilizada pelo prejuízo do seu cliente, desde que tenha existido alguma falha. Nesse caso, encaminhe uma cópia do B.O. para o banco, e ele deverá abrir uma contestação administrativa.

Outros golpes

Além do golpe do Pix, também existem outros tipos de fraude. Um exemplo é a clonagem de cartão de crédito, que, da mesma forma, gera prejuízos ao dono do cartão.

Se identificar uma compra não reconhecida no cartão de crédito, entre em contato com a empresa administradora do cartão e explique a sua situação. Caso você realmente tenha sofrido um golpe, a empresa deverá se responsabilizar pelos valores não reconhecidos.

Já se a compra for relativa a alguma cobrança indevida, entre em contato com a empresa que está cobrando e solicite a exclusão do lançamento na fatura. Vale ressaltar que você não deve efetuar o pagamento do valor cobrado indevidamente.

Se, mesmo assim, a empresa não retirar a cobrança e o seu nome acabar ficando sujo, a situação pode ficar mais complicada. Identificando a negativação, entre em contato imediatamente, explique o seu caso e peça a retirada do seu nome das listas de maus pagadores.

Caso ainda tenha problemas, é possível falar com órgãos de proteção ao consumidor ou empresas reguladoras. É possível buscar o Procon do seu estado, registrar online uma reclamação no consumidor.gov, ou reclamar com a empresa responsável pelo gerenciamento da atividade, como a Anatel, o Banco Central, a ANAC, entre outras.

Outra opção é falar com a noPositivo! Somos uma empresa especializada em auxiliar o consumidor que sofreu uma negativação indevida, trabalhando para limpar o seu nome e na busca de uma compensação justa por tudo o que foi passado.

Clique aqui para ter uma avaliação gratuita do seu caso e saiba se você pode ter direito a uma indenização.

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